"The Wonderworld of M. J. P, The credit guy"
Desemprego. Também conhecido como “ano sabático” para os adeptos da cultura Zen. Pode ser causado por muitos fatores, sendo que a maior parte dele tira o sorriso do rosto de muita gente na base da porrada. Destrói lares, amizades, vidas e amores. Cava um buraco fundo nas finanças. Alimenta a corrupta máquina financeira e enriquece quem não tem mais onde colocar dinheiro.
Mas por que tantos escritores, cronistas, ensaístas e demais habilidosos com as línguas se atêm única e exclusivamente aos pontos negativos dessa verdade que assola trilhões de pessoas? Por que não ressaltar os pontos, se não positivos, menos óbvios do desemprego? Por que aplicar sobre tudo o olhar parcial de alguém que, embora sensibilizado para analisar a situação, também é escravo de um sistema sujo que subjuga e chega de conversa punk, né. Vamos parar por aqui.
Na verdade, a razão pela qual eu quis trazer o desemprego à tona foi para me solidarizar com um amigo que perdeu o emprego há uma semana. Como o filho da puta me fez o favor de trair o movimento que ele mesmo criou (leia-se “começa outro trabalho na segunda-feira), não existe razão alguma para que eu continue com este relato. E mesmo que eu o tivesse escrito antes – não o fiz por estar DOENTE e MORRENDO –, eu ainda o mudaria para esta versão.
Portanto, senhores da “linha editorial”, espero que isso tenha lhes ensinado uma lição. Uma lição sobre os magos das letras como eu e por que não podemos ter nossas asas de criatividade cortadas de forma impiedosa em prol de uma idéia que pode desaparecer no piscar de um olho. Ao invés de me deixarem escrever um texto qualquer sobre qualquer coisa, meteram na cabeça que o tema deveria ser desemprego.
Agora um de vocês está empregado novamente. QUEM ESTÁ RINDO AGORA?
Isso me lembra muito um emprego que tive certa vez, no qual era explorado, abusado e moralmente amordaçado por chefes incoerentes, autoritários e plenamente inaptos a sequer exercerem a gestão de seus próprios intestinos. A ineptude dos ditos-cujos causava terror e indignação nos demais funcionários, todos temerosos como se tivessem 70 anos de idade e jamais pudessem arrumar outro trabalho na vida.
Como um segundo Tiradentes, botei meu pescoço na forca e forcei minha própria demissão, resultando em uma batalha judicial sem precedentes da qual saí vitorioso, ainda que a pessoa responsável por determinar o vencedor fosse completamente parcial em meu desfavor na hora de suas análises.
Como um segundo Tiradentes, botei meu pescoço na forca e forcei minha própria demissão, resultando em uma batalha judicial sem precedentes da qual saí vitorioso, ainda que a pessoa responsável por determinar o vencedor fosse completamente parcial em meu desfavor na hora de suas análises.
O que quero dizer com isso – embora eu realmente não queira dizer nada, mas a força do texto me obriga a fazê-lo – é que não dá pra acatar qualquer balela enquanto se está na época de contestação. Bater de frente com o manda-chuva é saudável e nós, como a força motriz desse sistema horrível, devemos exigir do bom e do melhor.
Aliás, não existe época de contestação. Qualquer hora, qualquer idade, qualquer momento é válido. A menos, claro, que você tenha se atrelado a casamento e paternidade – dois dos grandes germes da destruição que minam, lentamente, os pilares que sustentam os ideais de liberdade que os grandes pensadores sempre quiseram para todos nós. Não adianta alegar desespero financeiro para justificar submissão. Não existe desespero maior do que a própria submissão.
Agora, se me dão licença, vou fechar uma compra de R$1100 reais e almoçar logo para não perder meu ponto, senão meu chefe come meu rabo.
E com vocês, nossa sétima dica...
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